Gostaria de falar um pouco sobre as pressões que nós professores estamos a sofrer, não resisto porque esta situação é insuportável. A nossa profissão está a ser atacada naquilo que tinha de mais valioso: a capacidade de sonhar. Não sou contra a avaliação dos professores, muito pelo contrário, nem sou contra a formação em serviço. Acredito que a existem problemas que tenham de ser resolvidos no atual Estatuto da Carreira Docente, mas a resolução desses problemas não pode passar por decisões intolerantes que não respeitam os professores como agentes educativos criativos, autônomos e auto-críticos. Não sei o que vai acontecer até Janeiro de 2007, espero que tudo se resolva da melhor maneira: para os professores e para a sociedade. Afinal eu sempre fui muito optimista, não vou deixar de o ser assim sem mais nem menos, embora me apeteça muito juntar-me ao desânimo geral que faz de nós professores ‘ aqui-parados’, sem sonhos, sem vontade de mudar porque as mudanças não nos trazem um futuro melhor ou uma profissão mais digna. A verdade é que eu não escolhi esta profissão para estar parada, escolhi porque gosto dela e porque acredito que posso ser útil para a sociedade e ajudar os jovens a crescer livres, criativos, críticos e autônomos. Não vou desanimar assim sem mais nem menos, não é?
1 comentário:
O que nos faz mover como professores ainda é a nossa dignidade - a mesma que está a ser atacada, mas que como pessoas não deixaremos destruir porque somos resposáveis -no sentido lato.
A ministra e seus secretários -mas principalmente a ministra -tem problemas pessoais que quer projectar em todos nós, na ansia de os resolver a todo o custo. Problemas principais da Ministra: insegurança, insociável, desumana (falta de afectos). Se isso não se aproxima da sua pessoa, por que é que faz exigências pelas exigências como se os professores já não fossem exigentes com eles próprios?! O problema não está nos professores, mas num sistema que não cria condições para eles trabalharem -coisa que a ministra ainda está a destruir mais do que já estavam.
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